Destruição! (Hajime no Ippo #108 e #109)

Que volume! Que luta! Que resolução! A maestria se fez presente em todo embate e culminou no final inevitável: Ippo perde! Desde a edição passada Morikawa dava pistas do que ia acontecer: Kamogawa tinha flashs recorrentes do conselho do treinador Miguel Zeale. Para quem acompanhou os capítulos a medida que eles eram lançados, talvez tenha dificuldade em lembrar qual era o recado, mas quem maratona provavelmente lembra sem dificuldades: a força do Ippo também será sua fraqueza. E isso, é claro, só poderia significar em uma grande perda em decorrência de um contra golpe avassalador.

Fiquei muito satisfeito em ler essas segunda derrota do Ippo, porque sei que os esportes no geral tendem a gloriar o que está mais bem preparado no momento da competição. Às vezes o gênio, o talentoso, o trabalhador não está no seu melhor dia e seu adversário consegue capitalizar isso, com todos os méritos envolvidos, pois “sorte”  não cabe aqui, sendo que nessas situações é a preparação que encontra a oportunidade. E arrisco a dizer que, por isso, um dos fatos que Morikawa costuma deixar claro é que os dois lutadores estão no auge e darão o que possuem de melhor na luta presente.

Sendo assim, nenhum outro resultado seria mais importante para o Ippo do que esse. Ele deu seu melhor, como sempre faz, mas ainda assim perdeu, porque sempre há melhor por aí. Ele já ensinou isso para o Yamada Naomichi e ensinará no futuro para um outro aspirante. Muito curioso, como sempre, como Morikawa fará o personagem lidar com essa resultado. Mar calmo não faz bom marinheiro.

PS: Infelizmente, por mais uma vez, ajo como meu pior inimigo para spoiler. Não resisto e acabo procurando sobre Ippo, o mangá e leio seu destino até o último volume atualmente publicado. A primeira reação é de frustração por ter estragado a surpresa após quase 2 anos e meio de leitura, justamente agora que estou relativamente bem perto… A segunda reação é de pesar pelo personagem. É um futuro sofrido e que eu lerei com certa melancolia de testemunhar algo que “ele” mesmo ainda não sabe…

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